O vinil entrou em força cá em casa. Uma verdadeira febre. Uma excelente oportunidade para experimentar o gira-discos PS-HX500, da Sony, e descobrir todo o seu potencial.
Nem sei bem como começou, mas a adolescente que tenho em casa descobriu o vinil e em vez de querer CDs ou dinheiro para comprar a versão digital das suas músicas preferidas, pede vinis! Ressuscitou um gira-discos que tínhamos guardado e pôs-nos todos a relembrar o tempo em que esta era a forma como ouvíamos os nossos álbuns preferidos. É claro que o passo seguinte foi descobrir onde estavam guardados os antigos vinis que sobreviveram a tantas mudanças de casa que fizemos. Forma encontrados poucos, mas bons. E agora?
Agora, depois de entrar no túnel do tempo ao ouvir os temas que marcaram um passado longínquo, o que apetecia era poder ouvir estes álbuns no carro, no trabalho ou onde bem nos ocorresse. Foi nessa altura que chegou às minhas mãos o gira-discos PS-HX500, da Sony. Foi um timing perfeito não apenas por estar a (re)viver intensamente a febre do vinil, como era a ferramenta que faltava para tornar realidade o meu desejo de passar os meus vinis preferidos para um suporte digital. E com alta resolução. Vamos, então, perceber mais sobre o equipamento!
Os primeiros passos
Simples, elegante, discreto. Este é o aspeto do gira-discos. Mas até chegar a isso é preciso tirá-lo da caixa e montar as peças. Pode parecer assustador (e pareceu-me!). Mas é só o impacte inicial. O importante é não se deixar intimidar e seguir as instruções. Foi mais fácil do que montar um móvel da famosa loja sueca (e já montei uns quantos!). Talvez a parte em que tive uma maior hesitação foi ao afinar o braço da agulha, mas é seguir o que está escrito e já está.
O gira-discos montado e pronto a funcionar não é suficiente para passar à música. É preciso ligá-lo a um amplificador, com as respetivas colunas. Ligação muito simples de fazer também. Não há como errar: é seguir as indicações e as cores.
Música!
Tudo pronto para começar, convém ter claro que este gira-discos está preparado para velocidades de 33 e 45 rotações por minuto (rpm). Portanto, aqui não há espaço para os discos mais antigos, que requerem 78 rpms. Não tive qualquer problema, uma vez que os meus eram todos de 33 rpms.
Quando a agulha começou a girar sobre o primeiro disco ficou claro que, apesar da sua simplicidade estética, o gira-discos estava preparado para cumprir a sua função e revelar um som claro e equilibrado. Uma boa surpresa.
Mas independente da sua qualidade de som, o que torna este equipamento extremamente interessante é a sua capacidade de converter analógico em digital, fazê-lo sem a necessidade de dispositivos externos e, melhor ainda, com qualidade.
Gravar para o computador
Para fazer as gravações é preciso usar o cabo USB que vem com o dispositivo para ligá-lo ao computador. É também necessário baixar para o computador a aplicação gratuita Hi-Res Audio Recorder, da Sony.
Depois, é pôr o disco a tocar e acionar a gravação na aplicação. É possível escolher entre gravar em WAV (até 24 bits/192 KHz) ou DSD (Direct-Stream Digital, com opção de o fazer a 2,8 ou a 5,6 MHz). Vale a pena lembrar que para ouvir os ficheiros DSD é preciso apps especiais ou dispositivos próprios.
Ao fim da gravação, sem dificuldade, é possível organizar e dar nomes às faixas para que funcionem de forma independente. Tudo muito intuitivo. Em questões de minutos consegue-se ter tudo feito e ainda cortar qualquer pausa excessiva que se tenha deixado escapar.
Para rematar
Esta é a altura de confessar que esta foi a primeira vez que experimentei um gira-discos para o blog. Desde a respiração suspensa no momento da abertura da caixa – e ver o equipamento desmontado – até ao momento em que escutei as gravações que fiz num Walkman de Alta Resolução, foram sempre surpresas positivas. Apesar de algumas hesitações, passei cada fase com o apoio dos manuais – simples e objetivos – e consegui tudo o que queria. E conheci de perto um equipamento muito interessante.