A primeira série de emojis faz agora parte da coleção de arte do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova Iorque. Datam do século passado (1999) e foram os precursores dos milhares de emojis que hoje utilizamos.
Dada como presente ao MoMA pela operadora nacional do Japão, a NTT DOCOMO, esta série de emojis foi criada sob a supervisão de Shigetaka Kurita, da equipa de desenvolvimento i-mode, e lançada para a utilização em telemóveis em 1999. São 176 emojis de 12 X 12 pixeis, ‘obras-primas de design’ que deram origem a uma nova linguagem visual.
Surgiram com a necessidade de dar um toque de humanidade às mensagens impessoais da era da comunicação eletrónica. De acordo com o MoMA, “o lançamento destes emojis contribuiu para uma mudança radical na forma como os japoneses comunicavam através dos seus telemóveis”.

Shigetaka Kurita. Emoji (original set of 176), 1999. Digital image. ift of NTT DOCOMO, Inc. © 2016 NTT DOCOMO
Um pouco de história
Na altura, hardware e software tinham grandes limitações. As criações básicas de contornos pixelizados de Shigetaka Kutira incluíam ilustrações de fenómenos meteorológicos, pictogramas como o coração e expressões faciais. Foram rapidamente copiadas pela concorrência local. Mas até por volta de 2010 estes carateres de imagem pertenciam essencialmente ao universo japonês. Nessa altura, foram traduzidos para Unicode* de forma a alcançar um público mais alargado. Isso significava que, a partir daquela altura um utilizador no Japão poderia enviar um emoji para alguém na Europa, por exemplo, e este ser lido tal e qual lá e cá. Em 2006, os emojis foram incluídos pela Google no Gmail, enquanto a Apple só adicionou esta funcionalidade à sua app de mensagens em 2011. Foi o início do boom dos emojis. Hoje são cerca de 1800 e não param de evoluir.
No início de Dezembro será inaugurada uma instalação no MoMA que abordará a evolução dos emojis e dar a oportunidade ao seus visitantes de os ver sob uma nova perspetiva.
* Unicode é, de acordo com a Wikipedia, um padrão que permite aos computadores representar e manipular, de forma consistente, texto de qualquer sistema de escrita existente.
Crédito de imagens: A fotografia de abertura foi criada com base em imagens facultadas pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque. A imagem que ilustra o corpo do post foi facultada pelo Museu de Arte Moderna de Nova Iorque.