A Gulbenkian encheu-se de jovens entre os 10 e os 18 anos. Era a etapa final do evento Apps for Good.

Ali estavam reunidas as 19 ideias selecionadas como as melhores da edição 2015-2016. O entusiasmo era mais que muito e no fim foram escolhidos os melhores entre os melhores. Aqui estão eles… e elas! E as suas apps.

O conceito

Mas antes de revelar nomes, deixem que explique rapidamente o conceito. A ideia é simples: mostrar como a tecnologia é capaz de trazer soluções para os problemas em geral. E sobretudo para os problemas da comunidade em que vivemos. Mas mais importante: o conceito é posto em prática. A iniciativa leva os jovens em idade escolar a detetar alguns dos problemas das suas comunidades e a criar soluções através de aplicações.

É um processo que envolve alunos e professores e que os leva a muitas descobertas. Trabalham com a ajuda de entidades locais, trocam experiências com jovens de outros países e são apoiados pelos especialistas nacionais e estrangeiros da CDI, organizadores do evento. Os jovens estudantes desenvolvem capacidades como trabalho de equipa, resolução de problemas, conhecimentos técnicos, confiança e resiliência. Este ano participaram 1166 alunos de 64 escolas, acompanhados por 167 professores. E foram apresentadas 208 ideias.

Os vencedores

A app vencedora, a FQ9, tinha como objetivo ajudar os alunos do 9º ano com a disciplina de Física. Trazia fórmulas, explicações simples e objectivas e ferramentas de cálculo. Foi criada por Ângelo Lopes, Miguel Infante, Mónica Patel e Nuno Cachudo do Agrupamento de Escolas Eduardo Gageiro, de Sacavém.

Apps for Good 2015/2016

Também mereceram destaque as apps AgroConta (2º lugar), Help People (3º lugar) e Cook Wizards (Escolha do Público). A primeira, de Alijó, foi criada para ajudar os pequenos agricultores a controlar gastos e registar tudo o que envolve o trabalho nas parcelas que exploram. A segunda, de Vila Viçosa, foi concebida para ajudar a que aqueles que vivem mais isolados tenham apoio rápido em casos de emergência. A escolha do público foi para o Agrupamento de Escolas de Nelas, com a aplicação pensada para apoiar pais trabalhadores na gestão da despensa e a descobrirem rapidamente o que fazer para o jantar com o que têm em casa.

Apps for Good 2015/2016

As raparigas tiveram um incentivo à parte. Siemens, que aposta na diversidade e quer ver mais mulheres neste setor do mercado de trabalho, dedicou-lhes um prémio. Joana Cunha e Laura Carvalho, da app The Dropper, e Micaela Franco, da Help People, foram as galardoadas. Entre todos os participantes, as raparigas representaram 40%.

Para o ano lá voltarei!