Depois de não ter conseguido experimentar a câmara compacta digital PowerShot N2, da Canon, como descrevi aqui, eis que surge uma nova oportunidade. Veja só as minhas impressões depois de a ter nas mãos.

First things first e primeiro é o que os sentidos percebem. O encanto estético da N2 não se dissipou ao vê-la de perto. A sua forma quadrada faz toda a diferença e o seu tamanho supercompacto torna tudo mais simples. Vai na carteira como se nada fosse e quando a levei ao pescoço teria passado discretamente se não tivesse atraído a atenção com a sua forma especial.

Em ação

Depois de carregar a bateria e pôr um cartão mini de memória, como o dos telemóveis, a câmara estava pronta para a ação.

Três aspetos, à primeira vista, fazem a diferença desta câmara para as demais compactas, para além das suas formas: o anel de disparo em lugar de um botão, o anel de zoom junto ao de disparo e o ecrã táctil que se inclina para cima, permitindo ver bem o que se fotografa mesmo em posições difíceis.

O anel de disparo foi para mim a característica mais difícil de acostumar. Sem querer, bloqueava-o com a outra mão e às vezes fazia a câmara tremer mais do que o suposto. O estabilizador fez alguns milagres e poucas foram as fotos tremidas e sem qualidade.

O anel de zoom, por sua vez, foi uma agradável surpresa. A posição é intuitiva e facilita a utilização. O ecrã móvel é um ‘plus’ em muitas situações, especialmente nas selfies, ainda que não seja muito adepta deste tipo de fotografias. Mas isso aqui não interessa. Quando o ecrã é posto todo para cima aciona automaticamente o modo Self Portait que permite fazer selfies com efeitos especiais.

A PowerShotN2 conta com duas funcionalidades que também a tornam diferente de muitas compactas. O Creative Shot e o Hybrid Auto. A primeira cria 6 imagens com um só disparo, faz uso de filtros e de diferentes posicionamentos da objetiva sem que tenhamos que fazer qualquer coisa para isso a não ser pôr a câmara em modo Creative Shot através de uma simples patilha. É uma opção divertida e, a partir do momento que nos habituamos à forma como a câmara se comporta, podemos tirar melhor partido da funcionalidade. É uma ideia engraçada. O Hybrid Auto, por sua vez, cria o filme das nossas fotos, ou seja, ao tirarmos cada foto, a câmara filma alguns segundos e cria um filme com todos eles. Com alguma criatividade é possível montar histórias com isso. É possível também, com ajuda de um editor de vídeo, separar a história de cada foto.

A qualidade da imagem é garantida essencialmente pelo Estabilizador Ótico de Imagem inteligente e HS System, este último para o caso das situações com pouca luz. Condições que permitem também obter uma grande nitidez mesmo ao usar o zoom ótico de 8x no máximo. E o modo automático proporciona fotografias surpreendentes. Há ainda opção de efeitos como olho de peixe, miniatura e câmara de brinquedo. A partilha através de Wi-Fi e NFC é também relativamente fácil, e estas ligações permitem também captar imagens de forma remota.

Para encerrar

A PowerShot N2, da Canon, é uma grande rival para os telemóveis. É para quem busca fazer boas fotografias de maneira rápida e fácil, com qualidade e um toque de criatividade, e partilhar de seguida. Como valor acrescentado traz ainda um design muito atraente.